As empresas nacionais, seguindo uma tendência das multinacionais, estão despertando para o investimento em treinamento de seus funcionários e executivos. Empresas como Dedic, Oi, Vivo, CPFL e Algar têm desenvolvido as universidades corporativas investindo em seu quadro de forma a se tornarem mais competitivas.
O diretor-geral da Enora Leaders, empresa sediada em Campinas e especializada na promoção de cursos de alto nível para executivos, João Marcelo Furlan, disse que nos Estados Unidos as empresas investem em treinamento por funcionário uma média de 100 horas por ano, enquanto no Brasil o investimento médio feito é de oito horas por ano.
Segundo ele, desde julho as empresas começaram a intensificar a realização de cursos para médias e altas gerências e também para executivos como uma exigência do mercado que se acentuou ainda mais com a crise econômica. O cenário provocou escassez de clientes e uma disputa maior entre as empresas. O
diferencial ficou por conta do investimento do conhecimento dos funcionários.
"No mercado de treinamento, a gente tem tido uma demanda em ascensão muito forte. Inclusive, estamos ampliando a nossa equipe internamente para poder atender também", diz.
A expectativa do executivo é de que a demanda de cursos oferecidos pela Enora Leaders cresça 90% no segundo semestre em relação ao primeiro semestre deste ano. Segundo João Furlan, no primeiro semestre os cursos estavam focados para analise de crédito, redução de custos na indústria e negociação sindical, em função da redução da força de trabalho nessas empresas. Neste semestre, a procura está focada nos cursos de liderança, estratégia, inovação e feedback. "A procura por estes cursos ocorre, pois as empresas já se sanearam e já estão com mais confiança para investir em treinamento", analisa.
"Oferecemos cursos como o de Vendas Construtivas, onde o objetivo é orientar o vendedor a enxergar os interesses do cliente, e não apenas atender uma demanda. Outra opção é o curso Liderança e Resiliência, que orienta como liderar e também como lidar com crises e, posteriormente, superar os efeitos deste período."
Ensino a distância
A demanda por cursos voltados para a carreira executiva cresceu também através do ensino a distância. O coordenador pedagógico da Unopar Campinas, instituição que oferece graduação e pós-graduação através do ensino à distância (EAD), Fileto Albuquerque, disse que os cursos de graduação e os de pós-graduação têm crescido ano a ano. "Os profissionais que estão em desenvolvimento de carreira realmente tem procurado bastante os cursos de Administração, Ciências Contábeis, Marketing e de Recursos Humanos. Hoje o profissional sem graduação não tem chance. Melhora quando tem inglês e melhora ainda mais para a carreira executiva, quando tem um MBA ou uma pós graduação", diz.
Segundo Albuquerque, a instituição oferece três opções de pagamento ao aluno. Em uma, o aluno paga com recursos próprios. Em outra, através de convênio da empresa em que o cliente trabalha com a Unopar, com a concessão de desconto. E a terceira quando os custos são bancados pela companhia. "As empresas estão percebendo agora as vantagens de investir no conhecimento. O investimento no pagamento de cursos aos seus funcionários tem crescido em média de 30% a 40% ao ano. Em cinco anos, a nossa estimativa é de que de cada 100 alunos matriculados pelo menos 30 tenham seus cursos pagos pela empresa", estima. "A Oi e a Unicamp estão oferecendo cursos para seus funcionários através de convênio desconto. Isso dá oportunidade para pessoas que estão em início de carreira conseguirem cargos melhores e maiores no futuro", completa.
Fonte: Jornal DCI - Diário do Comércio e Indústria
http://www.dci.com.br/
Publicado em 08 de setembro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
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