O emprego com carteira assinada no Brasil teve o melhor agosto em 17 anos, segundo dados do governo divulgados nesta quarta-feira, e o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, previu que o resultado de setembro será melhor.
Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o país deve criar um milhão de empregos este ano.
"Isso significa que a gente pode continuar crescendo em setembro. Pode ser muito bom e tudo indica que a gente possa ultrapassar 1 milhão de empregos criados em um único ano em que a gente estava em crise profunda", disse Lula a jornalistas.
A economia abriu 242.126 postos de trabalho formal em agosto, melhor desempenho mensal deste ano e melhor leitura para o mês desde o início da série histórica iniciada em 1992.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 1.457.455 trabalhadores foram admitidos no mês passado e 1.215.329 foram demitidos.
No período, houve crescimento do emprego em todos os setores da economia com exceção da agricultura, cujo desempenho foi afetado pela entressafra no Centro-Sul do país. Na construção civil, a geração de emprego foi recorde.
Lupi disse que "o resultado de setembro será melhor do que o de agosto" e também reafirmou a previsão de que 2009 encerrará com mais de um 1 milhão de vagas criadas.
Ele acrescentou que 2010, ano eleitoral, será o melhor ano do governo Lula em termos de emprego, com a geração de mais de 1,8 milhão de empregos.
Segundo o ministro, a indústria vai ter contratação muito forte nos próximos meses porque os estoques estão baixos, já que o setor vinha sofrendo perda de demanda em meio à crise global.
Outros impulsos devem vir do comércio e da construção civil, disse Lupi, lembrando que o programa "Minha casa, minha vida" começará a ganhar fôlego.
Muitos empresários do país se anteciparam ao demitir funcionários no auge da crise, disse Lupi. Em dezembro do ano passado, a economia brasileira fechou mais de 650 mil postos de trabalho, o pior desempenho em quase 10 anos.
No acumulado de 2009, houve a criação líquida de 680.034 vagas. Apesar da recuperação, o saldo ainda é bem inferior ao 1,803 milhão de vagas criadas no mesmo período de 2008. "Os empresários subestimaram a força do mercado interno", afirmou Lupi. Ele destacou que a indústria automobilística "foi totalmente insensível a esse período (de crise) que o país viveu".
Questionado sobre se o governo cogita renovar as reduções de IPI para o setor, Lupi afirmou que "vamos observar se o comportamento de novas contratações vai justificar a manutenção do incentivo".
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Fonte: Reuters Brasil - Por Isabel Versian
Quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Link para o artigo: http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRSPE58F0RH20090916?sp=true
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
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